Sabemos sobre os básicos passos para manter um cérebro jovem e saudável: ter uma dieta balanceada, praticar exercícios e ter uma boa noite de sono. Somado a isso, a saúde cerebral também pode ser influenciada por uma fonte inesperada: o intestino, nosso segundo cérebro.

O intestino é chamado de “segundo cérebro” porque nele existem cerca de 500 milhões de neurônios, mais de 30 neurotransmissores e bactérias que podem ajudar a moldar a nossa estrutura cerebral, possivelmente, influenciar o nosso humor, comportamento e saúde mental, tal como a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer. 

Entenda como funciona essa incrível conexão entre os órgãos e os motivos que fazem do intestino o segundo cérebro.

O sistema nervoso do intestino: segundo cérebro em ação

Talvez você não saiba, mas o intestino é um órgão que atua com uma certa independência no seu funcionamento. Isso porque ele não precisa do cérebro para dar comandos nas suas atividades. Ele conta com a ação de neurônios que integram o sistema digestivo e que formam a sua própria rede nervosa, chamada de sistema nervoso entérico (SNE), a qual atua nos órgãos relacionados às atividades gastrointestinais e está presente no tecido que reveste o sistema digestivo.

Mas, por mais que apresente atuação independente, o sistema nervoso do intestino se comunica constantemente com o sistema nervoso central, responsável por receber e processar informações, formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, localizados no crânio e coluna, respectivamente.

Sim! Há neurotransmissores no seu intestino

É no intestino que acontece a produção de neurotransmissores e hormônios importantes para o funcionamento do nosso corpo e que são fundamentais para a sensação de saciedade, bem-estar e felicidade.

Para contextualizar, um exemplo é a serotonina, que tem 90% da sua produção feita pelo intestino. A serotonina é um neurotransmissor produzido a partir do triptofano, aminoácido que está associado à regulação do sono, do humor, da cognição e até mesmo, da temperatura corporal. Além disso, é importante para o movimento involuntário do intestino que conduz o bolo alimentar no processo de digestão.

Nervo vago, o canal de comunicação entre intestino e cérebro

O intestino se comunica com o cérebro através do nervo vago – um nervo craniano que se estende a partir do tronco cerebral até o abdômen, através do coração, esôfago e pulmão – conhecido como o eixo intestino-cérebro. Sequencialmente, as fibras no nervo vago transportam informação do intestino para o cérebro. Essa comunicação acontece através de moléculas que são produzidas por bactérias intestinais que, em seguida, entram na corrente sanguínea. Logo, o sangue libera compostos neuroativos e hormônios que vão para o cérebro.

Ei, cérebro. Tem algo de errado aqui!

Quando pensamos em órgãos que estão expostos aos fatores externos e que apresentam atividades “sensitivas”, logo lembramos da pele, por exemplo. A verdade é que o intestino, por mais que esteja protegido dentro do nosso corpo, tem funções que ajudam a detectar adversidades e a preparar o cérebro e, consequentemente, o organismo para responder a elas.

Sistema imune: ativar!

Uma pesquisa evidenciou que os neurônios do intestino são capazes de ativar as células do sistema imune em situações de “perigo” e avisam o cérebro. Para ilustrar, o alerta pode acontecer diante de bactérias maléficas presentes em alimentos ingeridos. Assim, os neurônios intestinais ativam os macrófagos (células de defesa) sobre a presença de possíveis causadores de doenças.

Resumidamente, os neurônios do intestino potencializam a ação das respostas imunológicas.

Emoções da cabeça ao intestino

O caminho inverso também acontece, ou seja, o cérebro também ocasiona reações no processo gastrointestinal. Quem nunca sentiu o famoso “frio na barriga” diante de momentos de nervosismo ou ansiedade? Ou a “água na boca” ao sentir o cheiro de uma comida apetitosa?

Tudo indica que as sensações e pensamentos também influenciam o sistema digestivo, ocasionando a produção de hormônios, de secreções e de respostas imunológicas. Assim, reforça a importância e dá este significado ao intestino: segundo cérebro.

A relação das bactérias intestinais com o cérebro

A microbiota intestinal também tem uma atuação importante para o funcionamento do organismo, e influencia em sistemas que são fundamentais para manter o corpo saudável, como a imunidade.

Em estudos, o desequilíbrio entre bactérias intestinais, conhecido como “disbiose”, tem sido associado a um número de distúrbios psiquiátricos e neurológicos, tais como o autismo, a ansiedade, a depressão e o estresse. Esse desequilíbrio pode mesmo desempenhar um papel em doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson. 

Diante das evidências, o desconforto estomacal ou intestinal pode ser a causa ou consequência de quadros de ansiedade, estresse e depressão, estando potencialmente relacionado com estados pró-inflamatórios induzidos pelo desequilíbrio das bactérias.

Ansiedade, depressão e a conexão com a saúde intestinal

Há pesquisas que sugerem que manipular as bactérias do intestino pode, de alguma forma, produzir comportamentos relacionados com a ansiedade e depressão. Um estudo de 2013 encontrou que a substituição de bactérias intestinais de camundongos ansiosos por bactérias de camundongos que não sentiam medo levou os animais ansiosos a tornarem-se mais sociáveis e, assim, menos ansiosos. 

Sequencialmente, testaram o sentido inverso e comprovaram a mudança comportamental através da alteração da população de bactérias no intestino – mudando a dieta ou usando antibióticos.

Existem várias implicações desta conexão que reforçam a ideia de que o intestino é um segundo cérebro, tais como a possibilidade tanto da prevenção quanto do tratamento de distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos através da saúde intestinal.

Os genes aprendem a manter seu intestino saudável

Uma outra conexão incrível do intestino está relacionada com os nossos genes. Para começar essa conversa, saiba que a parede intestinal é reparada e reconstruída pelo nosso corpo diante das informações colhidas pelos genes, e isso acontece de forma automática, a cada 7 dias, mais precisamente. Essas informações repassadas ocorrem através de uma alimentação adequada e oferecimento de nutrientes ideais para o intestino. 

Dessa forma, os genes, automaticamente, seguem um padrão: se a alimentação é rica e equilibrada, os genes entendem ser possível manter o intestino saudável. Contudo, se é oferecida uma dieta inadequada, somada a níveis de estresse e má qualidade de vida, eles se confundem e entendem que os nutrientes para a reconstrução da barreira intestinal não estão atendendo a necessidade. Assim, apresentam como resposta uma parede intestinal mais fraca e permeável. 

Por mais que o corpo possa se regenerar sozinho, se ele não receber boas fontes nutricionais para reconstruir a barreira do intestino, o órgão fica exposto a doenças autoimunes, aumento de gordura corporal, inflamação, desequilíbrios hormonais, disbiose, ansiedade e, consequentemente, mau-humor, mal-estar, cansaço e fadiga.

Em resumo, por que o intestino é considerado o segundo cérebro?

  • O sistema digestivo apresenta um sistema nervoso próprio, chamado de sistema nervoso entérico (SNE);
  • Há mais de 500 milhões de neurônios no intestino;
  • Neurotransmissores importantes são produzidos no trato gastrointestinal, como a serotonina;
  • A microbiota intestinal, formada por bactérias, está relacionada com sistemas que são essenciais para manter o corpo saudável;
  • O intestino e o cérebro mantêm uma comunicação direta por meio do nervo vago, sistema imune, sistema nervoso entérico e processos metabólicos.
  • Existe uma relação direta dos genes com a reconstrução rotineira da barreira intestinal.

Por fim, você concorda que a relação “intestino: segundo cérebro” é surpreendente e precisa ser reconhecida, não é mesmo? Além da importante atuação apresentada aqui, vale lembrar de todas as atividades intestinais e como o órgão atua na absorção dos nutrientes. 

Para isso, temos um conteúdo para você conhecer mais acerca da incrível função do intestino. Siga com a leitura!

Referências:
http://www.medicaldaily.com/food-thought-gut-bacteria-mood-behavior-379915

“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.”

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