Os prebióticos (fibras) alimentam os probióticos (bactérias benéficas). As fibras são ingredientes que alimentam e estimulam a vida e reprodução de grupos específicos de bactérias que habitam o intestino, assim causando mudanças benéficas na composição ou atividade da microbiota intestinal. Como exemplos mais conhecidos de prebioticos citam-se: fruto­ligosacarídeo, galactoligossacarídeos, inulina e oligosacarídeo.

Por não serem digeríveis, os prebió­ticos chegam ao cólon onde são fermentados pela microbiota para sua própria nutrição e crescimento. A partir da fermentação formam-se ácidos graxos de cadeia curta, principalmente acetato, propionato e butirato, com efeito modulador de inflamação, cica­trização, motilidade intestinal e fonte de energia.

Já os probióticos são os microrganismos vivos que quando consumidos adequadamente conferem bene­fícios à saúde do indivíduo, tais como a melhoria da função e integridade do revestimento intestinal. Os gêneros mais utilizados são Lactobacillus, Bifidobac­terium, Enterococcus e Streptococcus.

Visto de uma maneira mais simples, a microbiota intestinal aloja bactérias consideradas benéficas e maléficas, dependendo de suas funções executa­das. Existe também uma grande porcentagem de bactérias “indecisas”, ora operando beneficamente, ora não, ou seja, elas são influenciáveis pela condi­ção mais propícia. Num ambiente de disbiose, as bactérias indecisas vão jogar no time de quem está ganhando, o time das patogênicas, o que vai deixar a situação extremamente difícil para o time das bacté­rias benéficas.

Para reverter esse jogo, a pessoa em questão deve consumir prebióticos e probióticos (junto com uma alimentação saudável e não esque­cer de tomar bastante água), modulando assim a flora microbiana para que as bactérias benéficas se fortaleçam, reajam e prevaleçam perante as patogê­nicas.

Prebióticos + água = vida

Um prebiótico de boa qualidade precisa conter fibras solúveis e insolúveis em propor­ções adequadas. As fibras solúveis (solúveis em água) podem ser encontradas em muitos vegetais, como também na aveia e lentilha, por exemplo. Elas são a principal fonte de fibras fermentáveis, digeridas no cólon para produ­zir os vitais ácidos graxos de cadeia curta. As insolúveis (não solúveis em água), podem ser encontradas em todos os vegetais, frutos com casca e cereais integrais, têm como principal função dar volume ao bolo fecal.

A ingestão de fibras deve ser combinada, aproximadamente 75% mais solúveis do que as insolúveis, e acompanhada de bastante água. Quantidades adequadas de fibras são associadas a menos doenças. Apesar dos esforços para que as populações aumentem o seu consumo, este ainda se mantém está­vel: metade das quantidades diárias reco­mendadas. Em face de uma realidade onde o alimento se encontra cada vez mais proces­sado e com a presença de muitos açúcares, é compreensível o aumento de doenças ao invés de seu recuo. Por isso, a praticidade do hábito do uso de prebióticos para reduzir o déficit de fibras.

Probióticos e prebióticos em cosméticos

Além da microbiota intestinal, os probióticos e prebióticos também são importantes para a microbiota cutânea e, por isso, podem ser encontrados na formulação de cosméticos. 

Muitas pessoas não sabem, mas a nossa pele tem comunidades microbianas que contribuem com a defesa da pele contra infecções. Hidratantes faciais com prebióticos e probióticos são desenvolvidos para favorecerem o equilíbrio da microbiota, aumentando as barreiras de defesa da pele, o que contribui com uma melhora na sua aparência e textura.

Também, há a opção de manipular soluções tópicas de probióticos para a pele para tratar dermatite, acne, eczema e ressecamento.

Fontes:
Revista Essentia Edição 10 

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