Esqueça aquele famoso ditado: “mulher grávida come por dois”. É claro que a ingestão de calorias deve aumentar um pouco durante a gestação, mas isso não significa poder consumir tudo o que quiser e em grandes quantidades. Quando o assunto é gravidez, equilíbrio é sempre a palavra-chave – principalmente na hora de se alimentar. Os excessos podem ser prejudiciais tanto para a saúde da mulher como para o bebê, e novos estudos voltaram a reforçar isso.

Os cientistas da Universidade Queen Mary (Reino Unido) analisaram 9 mil mães e seus filhos ao longo dos últimos anos. O estudo revelou que existe uma associação entre o consumo de açúcar durante a gestação e a presença de asma nas crianças. De acordo com a pesquisa, as mulheres que consomem mais açúcar durante a gravidez apresentam duas vezes mais chances de ter um filho com asma alérgica do que as que comem menos alimentos açucarados.

 

Embora os pesquisadores ainda não possam afirmar com certeza porque isso acontece, eles sugerem hipóteses. Uma delas é de que grandes quantidades de açúcar podem desencadear uma resposta imune no corpo, levando à inflamação nos pulmões.

 

Outra possível explicação poder ser a seguinte: “A mãe que consome mais doces tem alteração a flora intestinal e isso pode ser um fator de risco. A flora saudável ajuda a manter a imunidade boa e previne doenças alérgicas”, afirma a pediatra e membro do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês (SP), Cylmara Gargalak Aziz.

 

Portanto, resista às tentações e, quando sentir aquela vontade incontrolável de comer uma sobremesa enorme, tente fazer trocas saudáveis. 

Sem refrigerante

Outro estudo recente sobre esse assunto foi publicado pela Universidade de Harvard (EUA). Os cientistas observaram mil pares mãe-filho e chegaram a conclusão que quanto mais as mulheres bebem refrigerante durante a gravidez, maiores são as chances de ter filhos que apresentam sobrepeso ou obesidade a longo prazo.

 

Os pesquisadores acreditam que existe uma ligação entre a alimentação materna e a constituição corporal de seus filhos. Para eles, o segundo trimestre seria especialmente crítico, porque é o momento em que a acumulação de gordura fetal se acelera.

 

Apesar de o consumo de bebidas açucaradas ser preocupante ao longo dos nove meses de gravidez, há uma série de outros fatores de risco para o excesso de peso durante a infância. “Não amamentar o filho no peito e oferecer bebidas industrializadas para a criança, como os suco de caixinha, também são fatores que contribuem com a obesidade infantil”, comenta a pediatra Cylmara.

 

Bem saudável

Embora a gestante não possa abusar do açúcar refinado, há uma boa notícia para aquelas que sentem muita vontade de comer doce: as frutas! Elas são bem-vindas porque contêm fibras, vitaminas e minerais, que são importantíssimos para o bom funcionamento do organismo. E tem a frutose que é o açucar natural das frutas.

 

Para completar a lista de benefícios, um estudo da Universidade de Alberta (Canadá) revelou que comer frutas durante a gravidez pode tornar a criança mais inteligente. Os pesquisadores identificaram que as mães que mais consomem esse tipo de alimento têm filhos com QI mais elevado.

Mas, atenção! Mesmo assim, não pode haver exagero. Quando consumida a frutose em excesso, ela pode ser depositada em forma de gordura no fígado. Por isso, os médicos recomendam o consumo de três porções de frutas por dia, no máximo, enquanto você espera pelo seu bebê.

Referências:
http://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2017/07/alimentacao-saudavel-na-gravidez-3-novos-estudos.html

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