Baseados no alarmante aumento de obesidade – associado a comorbidades como doenças do coração e diabetes –, cientistas da Universidade da Califórnia investigaram os efeitos de dietas com gorduras saturadas contra insaturadas, como também dietas à base de frutose, e seus resultados foram publicados no Plus One em julho de 2015.

Os cientistas alimentaram camundongos machos com quatro dietas caracterizadas pela presença de 40% de gordura: na dieta 1, os pesquisadores usaram majoritariamente gordura de coco, que consiste principalmente de gordura saturada; na dieta 2, usaram majoritariamente óleo de soja, que contém principalmente gorduras poli-insaturadas; na dieta 3, adicionaram frutose à dieta com gordura de coco, e na dieta 4, adicionaram frutose à dieta com óleo de soja.

Todas as quatro dietas continham o mesmo número de calorias e eram, em porcentagem, comparáveis ao que os americanos consomem. Assim, fez-se capaz a análise dos efeitos das diferentes gorduras, com ou sem frutose, no contexto de uma ingestão calórica constante.

O grupo da dieta 2, ‘óleo de soja’, mostrou maior ganho de peso, maiores depósitos de gordura, acúmulo de gordura no fígado com sinais de lesão, diabetes e resistência à insulina, os quais fazem parte da Síndrome Metabólica. A frutose adicionada nas dietas 3 e 4 gerou efeitos metabólicos menos severos do que os obtidos pela dieta 2, embora tenha causado mais efeitos negativos no rim e um aumento no prolapso retal, um sintoma de Doença Inflamatória do Intestino (DII), que vêm aumentando tal como a obesidade.

O estudo também incluiu extensa análise de mudanças na expressão gênica e nos níveis de metabólitos no fígado dos animais alimentados com essas dietas. Outros resultados surpreendentes foram aqueles que mostram que o óleo de soja afeta significativamente a expressão de muitos genes que metabolizam medicamentos e outros compostos estranhos que entram no corpo, o que sugere que uma dieta enriquecida com óleo de soja pode afetar a resposta aos remédios utilizados e tóxicos ambientais. Em conclusão, estes resultados indicam que o óleo de soja é mais nocivo para a saúde metabólica que a frutose.

NOTA DO EDITOR:

Esse extenso estudo é de grande importância porque nos alerta sobre efeitos nocivos do óleo de soja introduzido no ocidente como uma opção menos prejudicial do que as gorduras animais saturadas, e que ajudaria na prevenção das doenças coronarianas. Estudos recentes vêm concluindo que essa troca pode ter sido um grande erro. Fica demonstrado que o óleo de soja é um grande vilão da alimentação, e que provoca maior aumento de peso em comparação com a gordura de coco, além de provocar resistência à insulina (diabetes), gordura no fígado, desregulação da expressão genética do fígado e de outros genes.

CIÊNCIA ATUAL:

Cientistas da Universidade da Califórnia investigaram os efeitos de dietas com gorduras saturadas contra insaturadas. O consumo de óleo de Soja em dietas demonstrou um maior ganho de peso, maiores depósitos de gordura, acúmulo de gordura no fígado com sinais de lesão, diabetes e resistência à insulina…

Referências:
Revista Essentia Edição 8.

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