Quer saber para que serve a glutamina? Siga a leitura e descubra as principais indicações, como beneficiar a saúde intestinal, a imunidade, a cognição e até os músculos.
A glutamina é um dos aminoácidos mais abundantes no nosso organismo, sendo utilizada como fonte de energia por diversos tecidos. Ela é considerada um aminoácido não essencial, o que significa que o nosso corpo pode produzi-la.
No entanto, em certas condições, a demanda por glutamina pode exceder a capacidade de produção do organismo. Nesses casos, a suplementação pode ser recomendada. Mas quais processos do nosso corpo se beneficiam com a suplementação de glutamina? Confira!
Para que serve a glutamina?
No organismo, as principais funções da glutamina estão relacionadas à integridade da mucosa do intestino, à proteção antioxidante, à cicatrização, ao fortalecimento da imunidade, à recuperação dos músculos e à melhora da cognição.
1. Reforço para a saúde intestinal
A barreira intestinal é responsável por 70% da nossa imunidade, e a glutamina está ligada à sua manutenção, visto que o aminoácido é a maior fonte de energia das células da mucosa do intestino.
Isso porque a glutamina alimenta as células dos intestinos delgado e grosso. Quando saudáveis, estas células reduzem a permeabilidade do órgão e dificultam a passagem de organismos causadores de doenças, como vírus e bactérias.
2. Fortalecimento do sistema imune
A glutamina atua na preservação da função imune, servindo de fonte energética para células de defesa do organismo (os linfócitos), como precursora de certas citocinas anti-inflamatórias (moléculas que desempenham funções importantes na regulação do sistema imune e respondem a inflamações e cicatrizações) e do antioxidante mais potente do corpo, a glutationa, que está intimamente relacionada à imunidade.
3. Proteção antioxidante
Ao ser captada pelo fígado, a glutamina favorece a síntese de glutationa – o principal e mais potente antioxidante do organismo. Este incremento é especialmente bem-vindo para lidar com o excesso de radicais livres produzidos em situações de estresse, infecções, lesões e envelhecimento, dieta pobre em vitaminas, minerais e nutrientes.
A glutamina, por diminuir o estresse oxidativo e interferir nas citocinas inflamatórias, pode minimizar as lesões nas células do fígado e representar uma potencial terapia para a toxicidade hepática, dano causado no fígado por substâncias químicas.
4. Cicatrização de feridas
Há evidências de que a glutamina melhora a cicatrização de feridas devido ao aumento das concentrações de arginina e citrulina, o que elevaria os níveis de óxido nítrico, fundamental para o processo de cicatrização.
Menores taxas de infecção, menor tempo de internação hospitalar, menor mortalidade e maior cicatrização foram reportadas pela literatura.
5. Auxílio a atletas
A glutamina auxilia no aumento das reservas de glicogênio muscular, pois estimula a ação da enzima envolvida na sua produção.
Além da recuperação muscular, ela tem outros efeitos potenciais que interessam aos praticantes de atividades físicas, como evitar o acúmulo de amônia intramuscular, comum na prática de exercícios físicos e que está associado à fadiga. Também atenua a resposta inflamatória e o dano muscular gerados por exercícios prolongados e de resistência.
6. Melhora da cognição
As associações da glutamina com as funções cognitivas são recentes. Em um estudo realizado em 2023, os pesquisadores observaram como a glutamina pode ajudar a melhorar a função cognitiva em camundongos com comprometimento cognitivo leve, uma condição associada à Doença de Alzheimer.
Os camundongos – transgênicos com gene para Doença de Alzheimer – que receberam a suplementação de glutamina não tiveram uma diminuição significativa na função cognitiva, enquanto os que não receberam a suplementação mostraram sinais de comprometimento cognitivo leve.
Além disso, a taxa de declínio cognitivo no grupo suplementado com glutamina foi semelhante àquela normalmente associada ao envelhecimento em camundongos saudáveis.
- Em processos pré e pós-operatório, principalmente em procedimentos que envolvem o trato gastrointestinal;
- Na recuperação de pacientes hospitalizados, especialmente aqueles desnutridos ou com risco de desnutrição;
- Na melhora do desempenho de atletas de endurance, como corredores de maratonas, por exemplo, que estão sujeitos a esgotar suas reservas de glutamina mais rápido, para estimular a recuperação do sistema imune;
- Para apoiar tratamentos de lesões graves, como queimaduras;
- Para proteger o trato gastrointestinal de pessoas que utilizam anti-inflamatórios com frequência;
- Para reforçar a barreira intestinal de quem tem síndrome do intestino irritável e outras condições semelhantes.
Como tomar glutamina
Para atletas, a glutamina pode ser consumida antes ou depois do treino. Antes, ela ajuda a reduzir a fadiga. Depois, age na recuperação dos músculos.
Pessoas com problemas intestinais também podem fazer uso, já que a glutamina é um ótimo alimento para as células da parede intestinal.
Uma dica interessante é que a glutamina pode ser adicionada a sucos, água ou água com limão, chás ou junto com o pós-treino. Entretanto, sempre consulte seu médico ou nutricionista para seguir a orientação adequada ao seu corpo e às suas necessidades.
Suplementos de glutamina
Para ter um melhor aproveitamento, prefira as fórmulas de suplementos de glutamina que apresentam matéria-prima ultrapurificada. O aminoácido isolado L-glutamina da AJINOMOTO Co. é reconhecido internacionalmente pelo padrão de qualidade, utilizando tecnologia japonesa no seu processo de produção e matéria-prima 100% vegetal.
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