Ao cortar o açúcar em crianças, você poderá ver melhorias dramáticas em apenas 10 dias.  Pensando bem, isso é bastante notável, pois, tipicamente, pensamos que dietas levam meses, ou até mais, para que ocorra uma mudança positiva.

Comprovando este não ser o caso, em 43 crianças, o Dr. Robert Lustig e sua equipe da Universidade da Califórnia, San Francisco, observaram uma redução dos níveis de triglicerídeos, em média, 33 pontos. O colesterol – ruim – LDL caiu 5 pontos, assim como a pressão arterial diastólica, ao número mais baixo.

Com a normalização dos níveis de insulina e açúcar no sangue, todas as crianças tiveram reduzido drasticamente o risco de diabetes. Em apenas 10 dias! E mesmo que o estudo tenha sido feito em crianças, não há nenhuma razão para acreditar que os benefícios não se estenderiam também aos adultos.

Isso se relaciona ao que antes era uma ideia indizível – de fato, as calorias não são criadas iguais.

Mesmo que amemos o princípio simples de contagem de calorias, existem algumas que são piores que outras e, para a maioria das pessoas, o açúcar está no topo da lista. O açúcar de mesa é a sacarose, composta de partes iguais de glicose e frutose. Mas, Lustig explicou que é a frutose que é a presença maligna.

Nossos corpos usam a glicose como fonte de energia preferida, desde que é facilmente metabolizada e usada em praticamente qualquer lugar, e o que sobra é armazenada em nossos músculos ou fígado como glicogênio.

Infelizmente, esse não é o caso da frutose, a qual é metabolizada em apenas um local – no fígado. E, porque o fígado só pode lidar com ela aos poucos, o adicional é convertido em gordura. Seu fígado começa a acumular gordura, que é descontroladamente insalubre. Pior ainda, o excesso de gordura vai para sua corrente sanguínea, aumentando o risco de doenças cardíacas e derrames.

Nos tempos antigos, antes do açúcar e xarope de milho com alta  presença de frutose (que são basicamente a mesma coisa) se tornarem tão baratos para serem produzidos e refinados, tínhamos somente a frutose em pequenas quantidades, ou seja, nas frutas. Até mesmo o mel era protegido pelas abelhas.

Hoje em dia, consumimos 59kg por ano – ou cerca de 1/3 de 450gr por dia. Os nossos fígados, no entanto, não evoluíram para manter o ritmo desse aumento vertiginoso. Como resultado, uma bebida açucarada atinge seu fígado como uma onda tsunami, de acordo com Lustig.

Há mais uma coisa peculiar sobre a frutose: Ao contrário de outras fontes de calorias, ela não suprime o hormônio da fome, conhecido como grelina. Assim, apesar do seu alto consumo, a sensação de satisfação não ocorre.

Resultado: você continua comendo. Além disso, a frutose tem como alvo no cérebro, o núcleo accumbens, também conhecido como o centro de recompensa. Acontece que a frutose dá a este núcleo uma sensação de recompensa, ou até mesmo euforia, e – claro – querer comer ainda mais.

Enquanto muitos estudos de dieta derivam a maior parte dos benefícios como resultado do comer menos, este não é o caso do estudo de Lustig. Os participantes reduziram o consumo de açúcar na dieta de 28% para 10%, substituindo-o por outros carboidratos complexos. O objetivo não era perder peso, mas isolar o impacto do açúcar no corpo.

Então, ao cortar o açúcar, agora você sabe que o seu corpo vai agradecê-lo em tão pouco tempo como 10 dias.

Os artigos aqui postados não necessariamente expressam a visão da Empresa 

Referências:
http://edition.cnn.com/2015/11/03/health/gupta-sugar-study-kids/

“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.”