Será que a quantidade de massa muscular pode determinar a chance de desenvolver osteoporose? Com o objetivo de analisar a influência da sarcopenia (perda gradual da massa muscular que comumente ocorre durante o envelhecimento) na saúde dos ossos em homens com idade avançada, um novo estudo feito por pesquisadores brasileiros afirma que sim.
O estudo cruzado teve a participação de 198 homens com idade acima de 60 anos, onde inicialmente foram medidos a massa muscular, a massa magra corporal total, os níveis de gordura e a força. Na continuação, mediram a densidade óssea de cada participante. Atualmente, a densitometria óssea é o método de exame mais utilizado para avaliar a densidade mineral dos ossos utilizando um aparelho conhecido por usar a técnica de DXA (Dual-Energy X-ray Absorptiometry). É um exame indolor, rápido e com baixa exposição à radiação que diagnostica a osteoporose e osteopenia.
Os resultados mostraram que somente a massa muscular nos braços e pernas, a massa total magra e força de preensão da mão dominante tiveram algum efeito na saúde óssea dos homens. Em especial, os que tinham mais massa muscular nos braços e pernas e força palmar apresentaram significativamente menos sinais de osteoporose do que o grupo menos fisicamente apto. Tanto a massa gorda quanto a força em geral não apresentou influência.
De acordo com os autores, “Estes resultados sugerem a importância do aumento da massa magra para a saúde dos ossos dos homens idosos”. A massa muscular estimula constantemente os ossos associados, mesmo durante o sono quando os músculos contraem e relaxam naturalmente, e este movimento ajuda a manter a saúde óssea. Menos massa muscular, mais risco de osteoporose. Eis mais um motivo para a importância do exercício como ferramenta antienvelhecimento e aqui, em especial, exercícios que impõe resistência.
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Referências:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25926116