O sal do Himalaia ganhou fama já há anos, mas algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre seus benefícios. Ele é melhor mesmo que o sal de cozinha? E em relação a outros tipos de sal, como o azul ou o andino? Este texto responde a essas questões, além de abordar a função do sal no organismo e um pouco da importância histórica do sal para a humanidade.

Muitas pessoas acreditam que o sal faz mal e causa hipertensão, mas o que nem todos sabem é que existem diferentes tipos de sal, e que alguns são ricos em minerais que auxiliam em diversas funções importantes do nosso organismo.

O famoso sal do himalaia, conhecido como sal rosa, não passa por processos químicos, mantendo as suas características originais – como coloração, e também nutrientes essenciais – como magnésio, potássio e cálcio. Dentre os benefícios dos minerais existentes no sal estão: auxílio na hidratação do corpo, regulação da pressão arterial, melhora na circulação sanguínea e estímulo na eliminação de toxinas do corpo. 

Mas atenção: o consumo de sal é essencial, mas pode, muitas vezes, ser um risco – seja pela dosagem diária, ou pelo consumo de falsos sais do himalaia. Por isso, é importante também estar atento à qualidade. O sal não é vilão, ou seja, de forma geral não precisa ser eliminado da alimentação, basta incluir um bom sal integral e de qualidade e se beneficiar dos seus nutrientes.

O que é o sal rosa do Himalaia

Sal do himalaia, também conhecido por sal rosa

O sal rosa do Himalaia é extraído de camas cristalizadas de sal cobertas com lava vulcânica há 200 milhões de anos. Sendo mantido nesse ambiente isolado, o sal do Himalaia é isento de agentes poluentes. Ele contém os mesmos 84 minerais que são encontrados no corpo humano, como cloreto de sódio, sulfato de cálcio, potássio, magnésio e outros. Por ser menos refinado – e manter seus cristais e flocos maiores -, o sal do Himalaia entrega uma quantidade menor de sódio por porção do que o sal branco de mesa.

Diferenças entre o sal rosa do Himalaia e outros tipos de sal

Agora que já sabemos o que é o sal rosa do Himalaia, vamos conhecer um pouco mais sobre os outros tipos de sal e o que os diferencia do sal rosa.

Sal de mesa ou sal de cozinha

sal de cozinha ou sal de mesa

É o sal branco refinado. Normalmente o sal de mesa tem retirados quase todos os seus minerais, sobrando apenas cloreto de sódio. Ele é então branqueado com produtos químicos e aquecido a temperaturas extremamente altas. O sal recebe então a adição de iodo e é tratado com agentes antiaglomerantes, que são úteis durante o armazenamento do sal, mas muitas vezes prejudiciais ao nosso organismo, especialmente aos rins. 

Sal marinho

sal marinho

Assim como o sal rosa do Himalaia, o sal marinho tem preservados os seus mais de 80 minerais importantes para o corpo. É, portanto, mais saudável que o sal refinado de cozinha. Porém, ao contrário do sal rosa, ele está sujeito à contaminação pela poluição dos oceanos.

Sal kosher

sal kosher

É um sal de cozinha cujos cristais de cloreto de sódio são maiores que o sal refinado. Quimicamente, não há praticamente diferenças entre o sal de mesa e o sal kosher. O grande diferencial entre eles é o tamanho dos grãos.

Sal negro

sal negro da Índia

O “sal negro” é, na verdade, um sal de ervas produzido de acordo com receita típica da Índia e Paquistão. É feito através da combinação do sal do Himalaia e de ervas e frutos da região. Devido a essa composição, o Sal do Himalaia incorpora os seus minerais com os efeitos terapêuticos das três frutas que compõem a Triphala (amla, beheda e harada) e das diversas ervas que fazem parte da sua constituição.

Sal azul

sal azul da Pérsia

O sal azul da Pérsia, também conhecido como sal do Irã ou ainda sal azul do Paquistão, é um sal-gema extraído das mais antigas minas de sal do mundo. Ele tem esse nome por ser cravejado de cristais de um azul profundo, proveniente do mineral silvinita. Esse mineral se fixa nos cristais de sal pela pressão da rocha montanhosa. Quando não processado, o sal azul também contém os 84 minerais importantes para o funcionamento do organismo.

Sal dos Andes

sal dos Andes, retirado do lago Uyuni, na Bolívia

Extraído de desertos de sal como o Uyuni, na Bolívia, esse sal não tem origem em antigos lagos de água do mar, como muitos pensam. Esse sal tem origem em erupções vulcânicas, que despejaram, em lagos de água doce, toneladas de lava enriquecida com sais minerais. Com o tempo, o clima seco evaporou a água e criou uma placa salgada exposta ao tempo.

Flor de sal

flor de sal

A flor de sal é o sal obtido através da evaporação da água do mar, pelo calor do sol e da energia do vento. É recolhido manualmente da superfície da água, onde se forma uma camada de sal muito fina. O grau de umidade da flor de sal é superior em comparação com o sal marinho, o que faz com que os cristais fiquem aglomerados e não se dissolvam facilmente. 

Funções do sal no organismo

Ao contrário de outros nutrientes, o sal não precisa ser transformado para ser aproveitado pelo organismo. Uma vez em nosso corpo, o sal se dilui no sangue e flui através de mais de 90.000 quilômetros de vasos sanguíneos para todos os órgãos. 

No sistema nervoso, por exemplo, os minerais presentes no sal permitem a transmissão dos estímulos sensoriais para o cérebro e, em sentido contrário, os comandos para contrações musculares. 

Os minerais também atuam como “porteiros”, regulando a entrada e a saída de água das células, garantindo níveis corretos de hidratação. O sal do Himalaia pode ainda melhorar a absorção de água pelas células.

Além disso, o sal rosa do Himalaia pode ser uma boa opção de reposição de eletrólitos, que funcionam como condutores de eletricidade e são responsáveis por uma série de processos no nosso organismo, como gerenciamento de pressão arterial e pH, reconstrução de tecidos danificados, contração dos músculos, hidratação, prevenção de câimbras e produção de energia.

Sal na história da humanidade

Nossos ancestrais pré-históricos já estavam cientes da importância crucial do sal. Onde quer que encontrassem sal, guardavam-no como um tesouro.

Durante o Império Romano, os soldados eram pagos com sal, gerando, em latim, o termo “salarium”. Daí a origem da palavra “salário” que conhecemos. Nessa época, o sal era considerado mais importante para a sobrevivência do que o ouro.

Por toda a Europa, emergiram as rotas de sal sobre as quais o “ouro branco” era produzido, transportado e negociado. Os nomes de algumas cidades dão testemunho dessa época, como Salzburg (fortaleza de sal) ou Salzuflen (floresta de sal), por exemplo.

Situações nas quais o sal é prejudicial

Como vimos, a vida não é possível sem sal. Mas nosso consumo excessivo de sal está nos matando. A quantidade recomendada de ingestão diária pela OMS é de 5g de sal por dia ou 2g de sódio/dia. Mas, muitas vezes, esse consumo fica bastante acima.

Hoje, são consumidas grandes quantidades de alimentos processados. Esses alimentos já vêm com grandes quantidades de sal.

Então, para buscar uma melhoria na alimentação, é recomendável preferir alimentos naturais, caseiros e integrais. E no preparo pode ser utilizado o sal do Himalaia, para agregar as suas propriedades.

Receitas com sal do Himalaia

Agora que você já conhece os benefícios do sal do Himalaia, que tal substituir o sal de cozinha pelo sal rosa no seu dia a dia?  

No nosso canal do Youtube, você encontra uma playlist de receitas salgadas para se inspirar e arrasar na cozinha. Experimente substituir o sal de mesa pelo sal rosa do Himalaia e tenha uma dieta mais saudável e rica em minerais importantes para o nosso organismo.

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